QUANDO O SOL SE PÕE A POENTE…
As estrelas
Começam a ficar azuis
E a chorar
Pois essa é a altura incerta
Mas exacta no momento
De eu de ti
Me separar
Quando o sol se põe a poente…
E onde vais
Quando ficas triste
Quando não podes mais
Adiar esse devoluto chorar?
Caminhas para os meus braços
Terra humana
Que tão bem te sabe abrigar
Protegendo dos meteoros
Que julgas te irem magoar
Esquecendo
Que as estrelas cadentes
São a imagem mais bela
De um universo
Que jamais se atreverá
A te importunar
Pois nesse papel dúbio
Estou eu
Na expectativa que nunca me possas odiar
Cá estou eu
Quando estiveres preparada
Para amar
Na suave dança dos contrastes
Que marca o que somos
Marca a nossa relação
Demasiadas vezes ardente
Que arde mesmo quando a deixamos sós
Quando o sol se põe a poente…