Angústias
O que se passa em minha alma
não sei mais se diz
respeito a você.
São angústias embevecidas
na sangria da noite
das almas flamencas.
Almas que repousam nos
passos, na dança sensual
que colore o palco
com seus vestidos e
aquece o coração, inflama
o corpo.
E no fim são apenas as
palavras que você diz.
E diz que hoje é como
sempre foi, que não
houve partidas, interrupções
de trajeto.
Eu sempre digo que
a história é estranha.
Talvez o conto, a prosa
do peixe que consegue
viver fora d’água.
Apenas você.