Cego de Amor

Inerte aos desconsertos que norteiam teu arranjo, persevero em inspirar este amor que prezo tanto;

Teus encantos alimentam minha sede inútil de você, fazendo-me cego frente aos embaraços que me recuso a ver;

Há vendavais que se passaram e provocaram anarquia, deixando inúmeros pesares que me atormentam noite e dia;

Abraçado em pertinácia e desprovido de juízo, sem cautela atropelo fatos que clamam para serem ouvidos;

Não obstante os desenganos que me definem importunado, nutro escusa de me libertar deste sentimento viciado;

Escoltado pela desilusão, importo perseverança e mergulharei afoito até que não haja mais esperanças.

10 de Janeiro de 2009

Ana Marlyny Monteiro Souza
Enviado por Ana Marlyny Monteiro Souza em 10/01/2009
Código do texto: T1377626
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