Cego de Amor
Inerte aos desconsertos que norteiam teu arranjo, persevero em inspirar este amor que prezo tanto;
Teus encantos alimentam minha sede inútil de você, fazendo-me cego frente aos embaraços que me recuso a ver;
Há vendavais que se passaram e provocaram anarquia, deixando inúmeros pesares que me atormentam noite e dia;
Abraçado em pertinácia e desprovido de juízo, sem cautela atropelo fatos que clamam para serem ouvidos;
Não obstante os desenganos que me definem importunado, nutro escusa de me libertar deste sentimento viciado;
Escoltado pela desilusão, importo perseverança e mergulharei afoito até que não haja mais esperanças.
10 de Janeiro de 2009