IMENSIDÃO DO AMOR

Navegando no barco azul

sob a solidão do mar

após um adeus,

guiado pelo cruzeiro do sul,

o barco segue sem rumo...

Eu com o timão seguro

olhando a imensidão do oceano

e a imensidão do céu

com seu pôr-do-sol

cor de mel.

Ah! Como é bom velejar

sozinho nas águas do mar,

sentindo o segredo da alma

e a paz do tapete verde balançar,

vejo ave passear

voando rasteira

chamando-me para conversar,

ah! Como é lindo!

Tudo é verso, tudo se transforma em poesia

neste lindo dia.

Vejo uma luz ao longe

piscando para me cumprimentar,

é um farol, a me avisar

as direções para eu passar.

A brisa do vento está carinhosa

no meu corpo alisando,

o que faz o meu pensamento

imaginar os carinhos dela,

que por detalhe está ausente,

mas carrego-a comigo presente.

Ah! Como a queria perto

ajudando-me a desvendar o mistério do vazio,

mesmo enxergando ao longe um navio,

estou só,

meu corpo sente frio,

minha pele está desolada, pobre,

que também por ti sofre,

pedindo teu calor

suplicando por teu amor.

Distraio-me com as paisagens

às vezes visagens.

Neste momento sinto-me pequeno

sinto-me ninguém,

somente pela falta desse alguém.

Quem?

ela,

singela

pétala da minha vida,

flor prometida,

cheirosa,

formosa,

de sorriso pequeno,

sereno,

batendo no fundo do meu coração

não com a mão,

mas com a sua magia

que irradia

a minha vida,

termômetro do meu amor

que se transforma no mais belo sabor,

do meu sentimento,

da minha alma,

a todo o momento.