CANCIONEIRO
Derramo sobre meu peito o canto desta última hora
Com um pranto triste de uma vida inteira no estribilho
Embalando o ritmo do tempo como a um filho
Pois a alma novamente em seu leito chora
Foi-se a terra sob os pés de meu destino
As esperanças que tocavam seu desejo
A Sinfonia dos sonhos em cada arpejo
Cantarolando outra lamúria neste hino
Dorme a cândida lembrança inacabada
A carne infante repousa atroz no reposteiro
Por uma voz doce e juvenil que foi calada
Quando cantou que o ser feliz morreu primeiro
Pois nota a nota a vida já foi musicada
Pelo o amor que é seu eterno cancioneiro!
23 de agosto de 2008 – Pablo do Nascimento Pereira