NEM PERCEBES...
A brisa suave passeia...
Balouçando a ramaria.
Em vagas saudades volteia,
Espargindo a nostalgia.
E eu cá, com o peito em dores...
Por tantas mágoas vencido!
A latejar de amores,
E desamores vividos.
E tu,que nem te percebes...
Nem podes me dar guarida.
Desta angústia que me fere,
A desmanchar-me à vida.
Assim vivencio o penar,
Aos tropeços me esvaindo...
Quem sabe se a sorte mudar?
Inda não acabe sorrindo?...
Então,serei feito a estrela,
Mais brilhante lá do céu!
Tal qual deusa feiticeira,
A envolver-te em finos véus...