Entranhas do amor
Amor, entranha tua, sangue morno,
em minhas mãos um só segredo,
em meu peito algum degredo,
alma minha,
alma tua,
nada nosso.
Aperta-me o coração e quer que eu diga
e sem mansuetude fale dessa despedida,
o que não quer a alma
nem tampouco o coração,
já dizem as lágrimas desconfortadas.
Amor, que amor é esse que dói,
e no peito tudo destrói
indo embora com a saudade?
Amor, entranha tua, sangue morno,
volto a consultar um amor fugido
e fica entristecido um homem rindo
a lembrar-se do vivido e do escapado.