Quando...
Quando, de soslaio, vem e se insinua,
Uma tristeza ou saudade má e cruel,
Eu peço aos Anjos da Guarda, aos Guardiões,
Que me façam sentir o roçar dos lábios teus,
Num beijo suave e alentador
Junto aos meus...
- Quando a saudade te assaltar, ouve o chilrear
De pássaros que enfeitam teu redor;
Verás que todos eles cantam para ti:
“Ela te ama! Ela estará sempre aqui!...”
- Quando deitares, à noite, em teu leito
Meu perfume te há de acompanhar...
E te levará a regatos murmurantes
Onde estarei como a lua a te esperar...
E minh’alma tua, toda tua,
Será como diamante a rebrilhar...
E ali, sob a lua e as estrelas,
Te darei o meu amor...
- Nas noites como esta, em que estás sozinho,
Sentirás ao teu lado um suave caminhar:
Serei eu, cavalgando no luar,
Chegando ao teu lado de mansinho...
Beijarei teu rosto sob estrelas,
E seremos “um” no travesseiro...
E ouvirei de ti palavras doces
E dormirei, feliz, em teu abraço,
Sentindo-me a mais bela flor...
A “tua” flor... A flor do meu amor!...
Estarei na tua cama, do teu lado,
Sentirás meu carinho a extasiar...
Serei como a aragem vespertina
E, nos teus sonhos, me poderás tocar...
E, em nossos sonhos, poderemos nos amar...
- Tu me deste um sonho,
O mais lindo que eu tive...
Eu te dou meu amor...
Que, para sempre, vive...