QUIÇARES APAIXONADOS
Eu digo em meu silêncio: quem me dera...
O assédio da indução me fizesse relevante...
O imaginar que me centralizasse te fosse delirante...
O teu sonho por meu corpo fosse viajante...
O encontro com o meu olhar paralisasse teu instante!
Reitero o quanto anelo...
Tua carência generalizada finalmente me eleger...
Tua veia apaixonada abertamente me verter...
Tua estrela iluminar o negrejar de meu anoitecer...
Tua lavra grafada em romantismo me escrever!
Confirmo sem reservas...
Que eu só quero as anistias de teus medos...
Que amaria ser a harpa que se perde nos teus beijos...
Que meus poros te seriam afluentes dos desejos...
Que meu leito é portal almejador de teus velejos!
E digo por meus gritos, que minha vida realmente existiria...
Se teu passado irreversível outrora me sonhasse...
Se teu futuro fosse aos ringues com o destino e me eternizasse...
Se a conjuntura de teu tempo, a meu favor retroagisse ou avançasse...
Se o teu presente, que me encarcera, tal como o meu te ama, também me amasse!