QUIÇARES APAIXONADOS

Eu digo em meu silêncio: quem me dera...

O assédio da indução me fizesse relevante...

O imaginar que me centralizasse te fosse delirante...

O teu sonho por meu corpo fosse viajante...

O encontro com o meu olhar paralisasse teu instante!

Reitero o quanto anelo...

Tua carência generalizada finalmente me eleger...

Tua veia apaixonada abertamente me verter...

Tua estrela iluminar o negrejar de meu anoitecer...

Tua lavra grafada em romantismo me escrever!

Confirmo sem reservas...

Que eu só quero as anistias de teus medos...

Que amaria ser a harpa que se perde nos teus beijos...

Que meus poros te seriam afluentes dos desejos...

Que meu leito é portal almejador de teus velejos!

E digo por meus gritos, que minha vida realmente existiria...

Se teu passado irreversível outrora me sonhasse...

Se teu futuro fosse aos ringues com o destino e me eternizasse...

Se a conjuntura de teu tempo, a meu favor retroagisse ou avançasse...

Se o teu presente, que me encarcera, tal como o meu te ama, também me amasse!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 08/01/2009
Reeditado em 08/01/2009
Código do texto: T1373722
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