O DEUS DE COISA NENHUMA
Há qualquer coisa no ar
Um todo indizível
No qual me custa crer
Me custa acreditar
E vai…
Vai pela montanha abaixo
Onde calhou nascer
Vai de encontro
A quem menos o espera
Mas não há nada a temer…
Rebola e pula com um vigor inusitado
Rebola e pula
Porque deseja
Estar a vosso lado
Numa portentosa
Confluência de sentidos
Numa convergência
De explícitos afectos
Pois tal como eu
Anseia estar contigo
Para sempre
Ou por uns segundos
Até as estrelas morrerem
Ou a bola de sabão dos teus sonhos
Acabar de rebentar
Ele vem
E podes até
Nenhuma importância lhe dar
Ele vem
Para te maravilhar
Ele vem
Para ficar
O Deus de Coisa Nenhuma