TUA VERDADE NÃO DÓI
Crave-me nesse madeiro de franqueza destemida;
E que tua verdade me dê guarida, não se importando com meu ego ao relento;
Que jamais seja rebento a cria nada imaculada duma inglória dirimida;
Sem o cuidado prematuro com a ferida, sem o advento apressado do alento!
Tua lição está gritando em minha consciência;
Delineando a incidência, pois o teu foco me contempla com destreza;
Tamanho ineditismo de clareza julgo que me faz toda diferença;
O clínico mirar é a revelação intensa que se dá na lealdade com simpleza!
Quão bom é o conforto do açoite pra esse ser habituado ao que ignora;
Pois não me vens à forra, sequer me atacam teus projéteis pontiagudos;
Meus atentares jamais te serão surdos, por não adorares meu eu que te adora;
Por tua bula que me preceitua o agora, aplaudo teus ataques com veludos!
Futuramente espero conseguir falar à altura desse teu valor;
Com todo aparato e fervor que te merece a missão dessa retórica;
Alvo sou de tanta falácia folclórica, que sinto o engano a propor meu desfavor;
Mas tua coragem de fazer sangrar a minha dor, já se tornou a minha cura mais histórica!