DESDE QUE TE FOSTES EMBORA… (Versão 2009)
Não neva
Não chove
Não há sol
Não há nada
Lá fora
O meu “eu” emudeceu
Desde que te fostes embora…
Deixou de haver alegria
E mesmo tristeza
Simplesmente há um vazio sem tamanho
Que vai contra
Toda a minha natureza
As lágrimas secaram
Deixando um rasto
A que chamam as marcas da vida
E outros nada poeticamente rugas
Mas para mim são sinais evidentes
E talvez eternos
Que o teu ser em mim
Ainda perdura
E eu claro,
Não fiquei parado
Dei outro rumo à minha vida
Enveredei por outros caminhos
Outras companhias
Não sabendo ao certo
Que por vez delas
Te preferia ter comigo
Desconhecendo por onde vou
Ou onde irei parar
Sei que ando
E se calhar
Nunca pararei de andar
Fugindo da tua sombra
Procurando a minha
Que ainda não consegui encontrar
Encontrar a osmose da minha silhueta
Com a minha alma
Buscando
Uma madrugada
Não escura
Mas alva
Buscando uma nova aurora
Que sei de felicidade
Que está algures no meu futuro
Mas que tarda
Desde que te fostes embora…