O TEU VENTRE, COLO DE TODA A CRIAÇÃO
As eras
O tempo sucedesse
Um após outro
Numa bela e digna canção
Palavras
E demais sons que ficam só para nós
O Teu Ventre, colo de toda a criação
Num beijo que se dá
A sós
Mas que ganha uma inusitada dimensão
Há muita gente para o receber
Mas Sabes que é a Ti destinado
O Teu Ventre, colo de toda a criação
Mundos por desvendar
Realidades por tecer
Teia poderosa
Da mais delicada ficção
Quando os espelhos se confundem
O Teu Ventre, colo de toda a criação
Porque no crepúsculo dos primeiros Dias
Foi a mim
Que decidiste escolher
Pegando na ténue luz que brilhava no meu canto
E escolhendo-a
Para iluminar o anoitecer
Fazendo com que as noites fossem dia
Urdindo para que das trevas
Nada surgisse
Que me fizesse tal temer
Formando um pacto indestrutível
Forjado na palavra”União”
Tu eras a fonte
Da minha inspiração
E ao mesmo tempo destino
De quase tudo quanto eu tinha para dar
O Teu Ventre, colo de toda a criação