FALANDO DE AMOR
Falar de amor é mergulhar num mar
de efeitos colaterais.
O amor é como um espermatozóide
do sentimentalismo humano.
Entra pelo coração, mas engravida o
cérebro.A função do coração é só bater
mais forte quando os olhos focalizam
o ser amado , ai o cérebro começa a ter
suas alucinações, começa o primeiro
sintoma, gostoso, e perigoso:
Começamos a sorrir por nada,alguém olha
para você, e você com aquela gostosa, cara de boi
no pasto,olhando para o nada com os olhos lá longe
pensando no amor.
Depois vem a fase do esquecimento,em cada pessoa
uma reação,algumas insistem em ter todas.
O esquecimento:Você esquece de tudo que te cerca
e fixa pensamento no seu amor.
Se for mulher entra em crise,consigo mesma.
Sobre o que usar e se ele vai gostar, sem contar
a curiosidade de onde ele está (curiosidade=ciúme disfarçado
pega também em homens,mas geralmente é causado mais
em nós, mulheres).Alguns se igualam a TPM.
Se for homem, eles entram em conflito com horário,alguns
nem se lembram(Acabam gerando curiosidade feminina,
depois reclamam de nós).
Depois de um certo tempo, começa os sintomas da gravidez
se você chora é culpa do amor,se você rir também,se
você fala sozinha, ta dialogando com amor(ensaiando
para não errar, o espelho se torna divã)
Mas esse danadinho de amor, que afeta o cérebro
nos deixa loucos, mas que loucura gostosa e pergunta
se alguém quer ser curado?
Eu não quero e você quer?
(Fernanda Maia)