Prelúdio para o amor
Quem nunca cantou o amor,
suas dores, seus sabores,
seus encantos e desencantos;
esteve em seus braços,
apartou e se prendeu e se libertou e
o quis assim como ele quis também.
Quem nunca sentiu amor
quando ouviu uma canção
e fez canção de amor em beijos,
em suspiros, em abraços apertados;
fez versos e compôs cifras melódicas
para extravazar o sentimento
que tanto apertava o peito...
Quem a esse amor não deu asas
e criou asas e voou, ganhou céus
e conheceu infernos;
fez pousos e se fez de aeroporto
para tantos outros pousarem.
Acreditou na eternidade
e na infinidade de amar e sentir-se amado.
Quem nunca chorou de amor,
escreveu cartas e fez promessas.
Quebrou as promessas feitas
e desiludido entregou-se a solidão.
Foi feliz e se fez de feliz por amar
e ser amado ao menos uma vez.
Quem nunca amou e pensou que seria para sempre,
diferente de tantos outros momentos já amados e magoados e...
Quem não espera por ele toado
em versos, anunciado em cifras
esses amor em prelúdio de amor.