ADEUS, MINHA QUASE AMANTE…

Poema baseado no lindíssimo filme “Twilight” de 2008, em algumas leituras em que ando imerso nestes dias, e também em músicas da cantora que deu a si próprio o nome de “A Fine Frenzy”, à qual me inspirei directamente para este título

ADEUS, MINHA QUASE AMANTE…

E andamos

Sem realmente passearmos

Amamos

Pois tal foi um vício

No qual

Deixámos

Ingloriamente viciar-nos

Olhando o amanhã

Como se fosse o passado

Pois o tempo

Nunca passa por nós

O tempo

Esse eterno mentiroso

Está sempre a enganar-nos

Na sua perspectiva

Multicultural

Multi sensorial

Íris enganadora

Através da qual

Pensamos

Que está tudo normal

Mas não está…

Eu sou um ser que precisa da noite

Para sobreviver

Pois o dia

Me faz tudo temer

E Tu…

És uma criatura do dia

E se ambos cedemos às nossas fraquezas

Para nos encontramos numa altura crucial

Onde pudéssemos partilhar

Esse fruto

Para nós mortal

Esse mágico momento

Foi ao entardecer

Onde te irias recolher

E eu

Do reino das sombras

Me fortalecer

Provámos pois

Essa hora zero

Esse momento absoluto

Que provou

Que aquilo que éramos um para o outro

Era impossível

Era o mais completo absurdo…

Adeus, minha quase-amante

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 06/01/2009
Código do texto: T1370077
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