Abraçar o Mar
A chuva persistente caiu abundante
e o curso de água fluiu inconstante
dissolvendo bem lentamente os velhos traços
que desembocaram no mar em longos abraços
O rio conflue seu fluxo avolumado
diante do das marés muito encrespado
pelo vento que grita com seu açoite
e engoliu o Sol, ampliando a noite
O intervalo entre ondas são suspiros
enquanto as forças oscilam nossos delírios
ressuscitando as vidas nesse ambiente
em que a fricção retoma um tempo quente
E nas areias molhadas pela natureza
sobem as encostas novo ciclo de beleza
vapor que condensa o amor sob o luar
formando nuvens que desejem abraçar o mar.
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(Copyright © 2009 A.José C.Coelho. Todos os direitos reservados.)