Poema 0653 - Limites

Não quero os limites do tempo que passa sem parar,

tenho direito de construir meus sonhos como se fossem reais,

mover os sentimentos na direção do sol, outras vezes lua,

não quero ser planeta, sou a luz que foca, o beijo que toca a boca.

Quero ser o vento que lambe a praia deserta fazendo revoar desejos,

a crença dos amantes no amanhã sem despedidas,

as palavras escritas em uma folha do caderno que leva junto aos seios,

as duvidas que te trazem até o meu encontro.

Preciso do seu perfume misturado ao cheiro do meu corpo,

o encontro em um lugar qualquer chamado paixão,

um incrível acidente com mãos avançando cada pedaço do desejo,

o pedido sussurrado baixinho no meio do filme.

Quero o abraço de qualquer hora que eu chegar sem avisar,

a vida protegida naquela gaveta junto com sua felicidade,

deixa-me ser pleno, todos os plenos que um dia viveu seu amor,

posso ser a paixão que faz amor roubando o sono no meio da madrugada.

Faço hoje uma linha semi-reta no inicio desta nova vida,

desenhos atalhos que me fazem ir sempre pra frente do meu hoje,

deixo que o colorido dos sonhos marque de amor os desejos do corpo,

realizo, idealizo um sentimento maior, milhares de vezes seu.

Quero ser o amor dividido, impulsivo, louco que eu sempre quis,

sem horas para caminhar até o outro e falar de amor,

sem medidas, sem sombras, a energia para a luz que ilumina,

quero ser o sem razão, o amor, a cura e o milagre de faze-la feliz.

10/04/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 10/04/2006
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