Sardas

Deixo desandar...

Como lampejos de pensamentos...

Plumas soltas pelo ar...

Teus sussurros quase que completamente

Mudos

São que me fazem despertar

Já não sei resistir ou negar

Sigo essa dança

Como um navio levado pelo balanço das ondas do mar

Você é a tempestade

A maré cheia

O furacão...

A doce voz que me faz naufragar

Todos os delitos estão em ti contidos

Os verdes olhos ...

Esse frágil inimigo que não consigo derrotar

Mas permaneço aqui ...

Sobre as tuas garras

Coberto por teu manto

Febril e delirante

Fiel cúmplice dos carinhos teus

Meus olhos admiram a pele o que minhas mão não esquecem

Como se também quisessem...

Sentir teu calor

As sardas que cobrem tuas costas nuas

São mais que meras marcas

São cada uma um apaixonado teu

Que não se satisfez com teu adeus

E passou a pertencer a ti.

Otávio Otto
Enviado por Otávio Otto em 05/01/2009
Reeditado em 20/04/2018
Código do texto: T1369246
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