VOU TE LEVAR PRA CASA

Quase aniquilada, tua esperança pede uma chance para ser feliz;

E a desilusão que sangra como aberta cicatriz, pergunta quem se acha a lhe suster;

Não queres nada mais ouvir e nem querem te dizer, as tuas pontes agonizam por um triz;

Até o fel que sobe pela raiz promete amargar teu sol com obscurecer!

Pancadas na jangada comprovam o quão furiosa é a onda;

E a amargura que estronda não admite um cessar fogo dentro em ti;

Mas sinto teu sorriso me implorando para existir, algo a resistir e que te sonda;

É a vontade de amar que ronda, esperando a porta se abrir!

Por isso é que te ergo da sarjeta deprimente e irrelevante;

E como um anjo em vôo rasante, eu te socorro e te resgato;

Reescrevo esse roteiro ingrato e faço tua nau seguir avante;

Pra iluminar teu combalido semblante, pra colorir teu aparato!

Segura em meu destino e desde agora diz adeus à solidão;

O pranto já não mora em teu coração e a rejeição não mais te arrasa;

Porque agora o meu calor te embasa e eu sou teu referencial e redenção;

Já tem abrigo a tua emoção, pega em minha mão e vamos pra casa!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 05/01/2009
Código do texto: T1369157
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