VOU TE LEVAR PRA CASA
Quase aniquilada, tua esperança pede uma chance para ser feliz;
E a desilusão que sangra como aberta cicatriz, pergunta quem se acha a lhe suster;
Não queres nada mais ouvir e nem querem te dizer, as tuas pontes agonizam por um triz;
Até o fel que sobe pela raiz promete amargar teu sol com obscurecer!
Pancadas na jangada comprovam o quão furiosa é a onda;
E a amargura que estronda não admite um cessar fogo dentro em ti;
Mas sinto teu sorriso me implorando para existir, algo a resistir e que te sonda;
É a vontade de amar que ronda, esperando a porta se abrir!
Por isso é que te ergo da sarjeta deprimente e irrelevante;
E como um anjo em vôo rasante, eu te socorro e te resgato;
Reescrevo esse roteiro ingrato e faço tua nau seguir avante;
Pra iluminar teu combalido semblante, pra colorir teu aparato!
Segura em meu destino e desde agora diz adeus à solidão;
O pranto já não mora em teu coração e a rejeição não mais te arrasa;
Porque agora o meu calor te embasa e eu sou teu referencial e redenção;
Já tem abrigo a tua emoção, pega em minha mão e vamos pra casa!