E TU PERGUNTASTE-ME…
Se eu estava sozinho
Pois não viste ninguém a meu lado
Desconhecendo
Que esta solidão acompanhada
É o meu natural estado…?
E Tu perguntaste-me…
Por quem chamas Tu
Na tua voz que mal se ouve
Na tua poesia
Que mais do que lida
É escrita
Porque clama a tua alma
Em quem realmente acreditas?
E Tu perguntaste-me…
Não entendendo o chamamento
Se aquele “Adeus” era para Ti
Vendo os meus lábios selados
Numa resposta demasiado obvia
Que escondia
Um velado lamento?
E Tu perguntaste-me…
Sobre a minha capacidade dúbia
De parar o vento
A chuva
Ou qualquer outro elemento
Que fossem para ti
Fonte de tormento?
E eu finalmente respondi…
Que conseguiria fazer tudo
O que pedisse a Tua imaginação
Eu conseguiria dar-te o Amor
Que te escapava
E abraçar-te para Sempre
Nas asas do meu sonho
Nos meus olhos escondidos
Que ocultavam
Uma demasiado latente Imensidão…
E Tu perguntaste-me…