FOME EM ALTO MAR
Quando meus olhos sentiram o parar do tempo mediante os teus;
Todos os impulsos dos meus eus te convidaram para comigo estar;
E te levei em direção ao alto mar pra saciar os pensamentos meus;
Beijos de sereia a percorrer o corpo de um deus, paixão sem vocação para parar!
O oceano como testemunha e o sol trocando o turno com a lua;
Ele a delirar por ela nua, ambos a se perder dentro de si;
À noite com estrelas a sorrir, de dia o mar dourado como rua;
Devorados por insanidade crua, destinados ao mútuo adentrar pra nunca mais sair!
Em cada onda e ao som do vento, até o tempo parecia que aplaudia;
Aquele olhar que algo lhe dizia, agora fala um novo idioma;
Grita que ama, clama pela chama da mesma fome que lhe ardia;
Quer ser o vinho dessa alegria, e ao impulso voraz implora que lhe coma!