Expectativa do reencontro...
Cai a tarde, docemente...
Depois, se vai, de repente,
No manto negro do céu...
Ouve-se a voz do trovão
Que ecoa no meu coração:
Rasgou-se o véu!...
Cai a chuva, violenta,
Depois, vagarosamente,
Na noite que não tem céu...
E eu? Eu vou caminhando
Debaixo da chuva, ando,
E vou sorrindo ao léu!...
É saudade, é alegria,
É esperança, insensatez,
Vontade de ser criança...
Eu quis voltar a sonhar
Como meiga adolescente
E ficar a esperar...
As gotas de chuva macia, ao me tocarem
São suaves como teus beijos, meu amor...
E eu vou ao encontro do passado...
- Sou “tua flor...”