AMOR VERDADEIRO

O amor verdadeiro é vitalício, soberano,
Mesmo que circunstâncias nos obriguem a fazê-lo adormecer
– Ou tirá-lo de cena, de tal modo, quando se corta o mal pela raiz.

Mas não nos enganemos: amor sempre será amor,
Até quando imaginamos que ele esteja adormecido,
Ficando esquecido lá dentro, no fundo do coração.
Um dia, quando menos se espera, ele vai despertar
E voltará cada vez mais forte, anunciando a nova idolatria.

O amor verdadeiro quem tem a regalia de abrigar,
Aprende ao amado acatar, valorizar e nele confiar.
O amor é livre e não se deixa aprisionar, nem corromper-se
Sua luta não é contra quem o abriga, mas contra quem o rejeita,
E não adianta forçá-lo com ardis ou táticas chantagistas,
Ele, por si só, conhece seus direitos e deveres,
Por mais que os amantes se digam ou sintam-se reféns de seus
[caprichos.

O amor verdadeiro é uma troca, sem censura,
De segredos, juras, calor e fluidos,
Onde os casais se doam, amando-se eternamente,
Sem tempo, sem pressa, com demora
Que só este sentimento tem o poder de legitimar.

Amor verdadeiro é assim: sem mais nem menos,
Sem tirar nem por, mas com o prazer de querer tocar
Pois tudo que nele está exposto,
É convidativo, permitido e para se provar.

O amor verdadeiro dos amantes renova o corpo e a alma
Devolve e aumenta o prazer de viver
E, sendo incondicional, quem o encontra, completa-se
E cessa sua busca, pois ele carrega consigo a razão de existir.




Obs. Imagem da internet


Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 01/01/2009
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T1361996
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