AMORES E INVERNOS
Águas de dezembro que visitam os trópicos daqui;
Lavam toda imagem do inexistir e subvertem atitudes;
São as veias abertas das latitudes, endereçando vindas a partir;
Descem salgadas pela face que tem sede de sorrir, fazem pecar as virtudes!
Choram as delimitações de suas vazões que nunca extenuam;
E as imaginações que se insinuam, jamais conseguem abdicar;
Sabem como se dá o modo sério desse brincar, tentam conter o plainar das ilusões que flutuam;
Suas inverdades juram e seu pesadelo só pode adormecer após acordar!
Talvez vencidas após seis meses de quedas sucessivas;
Supõem esperançosas que se achem fugitivas aos pés de um sol junino;
Mas quando secam nas desilusões de um menino, vão alagar velhices iludidas;
Todas num jovem coração escondidas, mundo a fora, inundando amorosos destinos!