AMORES E INVERNOS

Águas de dezembro que visitam os trópicos daqui;

Lavam toda imagem do inexistir e subvertem atitudes;

São as veias abertas das latitudes, endereçando vindas a partir;

Descem salgadas pela face que tem sede de sorrir, fazem pecar as virtudes!

Choram as delimitações de suas vazões que nunca extenuam;

E as imaginações que se insinuam, jamais conseguem abdicar;

Sabem como se dá o modo sério desse brincar, tentam conter o plainar das ilusões que flutuam;

Suas inverdades juram e seu pesadelo só pode adormecer após acordar!

Talvez vencidas após seis meses de quedas sucessivas;

Supõem esperançosas que se achem fugitivas aos pés de um sol junino;

Mas quando secam nas desilusões de um menino, vão alagar velhices iludidas;

Todas num jovem coração escondidas, mundo a fora, inundando amorosos destinos!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 31/12/2008
Código do texto: T1361671
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