EVOLUÇAO

EVOLUÇÃO?

Paulo Teodoro Oliveira

Em meu caule tu subiste...

Sugando-me a seiva viva!

Relutei mas não existe

Quem suporte tal lasciva.

E após o meu ultimo broto...

Julgando-me planta inválida!

Inda usou meu cerne tosto

Pra abrigar tua crisálida.

A tua metamorfose...

Fez de mim um ser banal!

Optou pela descose,

Fez-me cruz de funeral.

Adejastes belas flores?

Fecundastes a natureza?

Tuas asas multicores

Esbanjando realeza,

Ao teu pouso repentino...

Buscaram tocar o céu!

Como em preces ao divino,

Com em forma de pincel.

Sobraram-me as mariposas...

Brincando de carrossel!

Os anjos feitos de lousas,

As estrelas por dossel.