ALIENADA PAIXÃO

Sinto-me na noite

tórrida, alienada de paixão

E a cortina esconde a janela.

No quarto a penumbra,

ela balança tocada pelo vento

que lá fora sopra.

E deixa entrar a claridade da lua

que de mansinho

Vem e clareia o quarto

E sua luz acende ainda mais com furor

O fogo, a vontade

de que a noite fosse no meu quarto

o refúgio das tantas horas que o calor

Me deixou completamente nua

Despida de fantasia e com mera ilusão

De que a cortina se fechasse

e nenhuma fresta deixasse entrar luz

nesse ambiente sagrado

onde o amor tantas vezes aconteceu

e a cortina escondendo a janela

Foi testemunha dos momentos de felicidades

Desesperada felicidade, junto do meu amor.

27/12/2008

Sonia Barbosa Baptista

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 28/12/2008
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