Amor em Abandono

Olhei o mundo pelas minhas mãos tremulas

suadas, suaves de amor, ansiosas por liberdade

mãos em conchas de uma alma inquieta

sobre a aguda lança, mãos encrespadas e mansas

intensamente cheia de amarguras, como estáticos cipreste

banhados de lágrimas indissolúveis em pungente dores

Solidão alinhada,lavada em suspiros arabescos

húmida de beijos purpurinos sobre cordas de edênicos hinos

mãos que clamam ainda teu amor em meu abandono