Cor poética

Retomo as tintas do poema adormecido

há dias, perdido entre sedas e arminho.

Palavras que foram esquecidas na dor

da alma por onde vagueiam

sentimentos e lágrimas.

Resgato do fundo das paixões

silentes a forma, a escrita que

apenas e tão somente não

registre, mas transforme-se

na raiz fecunda do que seria amor.

Como o tempo que a tudo

sobrepuja e deixa nas entrelinhas

da vida perpassar doridamente

sensações distraídas na

angústia do peito.

Onde há o coração imperfeito

nas fases certas aqui

repousadas, melifluamente.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 27/12/2008
Código do texto: T1355665
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.