Feliz Natal

À esperança vivente no coração de Berenice.

Verdade seja dita: eu fui espera.

Contei os meses todos, contei dias,

e fui somando às minhas alegrias

as alegrias que o futuro gera.

Uma esperança a mais, nova quimera,

novos desejos, novas fantasias,

novas querenças, mesmo que tardias,

às alegrias mais que Deus me dera!

E a tanta espera, à noite fui cansaço.

E agora, Senhor, o que é que eu faço,

desta noite feliz, transcendental?

Na noite que chegou, tão de repente,

corro com o tempo e grito a toda gente!

“- É Natal de Jesus!!! Feliz Natal!”

Oklima

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Ao grande poeta, sonetista e amigo Oklima, meu sincero agradecimento pelo belíssimo soneto que me enviou neste dia de Natal e que está acima transcrito!

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Quando eu era criança,

o Natal, era a festa da família

e da oração!...

Hoje se faz tudo desigual,

que dói pensar a mim, “no meu Natal,

do meu coração!...”

As lojas vendem, e as atendentes

dobram seu horário, de rostos já cansados,

com um sorriso para seus clientes,

atendendo a todos de bom grado!

Mas... como será o “seu” Natal?...

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“Eu fui espera”, queria um Natal

Como aqueles dos tempos de criança,

Mas, para mim , os tempos de bonança ,

Perderam-se no tempo, com o vento estival...

Uma “nova esperança, talvez muito tardia”

Ilumina a noite sagrada, noite sem igual...

Meus sonhos se perderam no atemporal

E hoje eu mais não tenho a fantasia...

Na solidão em que me enclausurei

Restam-me os filhos, certezas de que amei,

Que são alegria e são meu alimento...

Na Noite de Jesus, ó meu querido amigo,

Eu te agradeço, pois sei que estás comigo,

Tentado-me retirar-me de tão cruel lamento!

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 27/12/2008
Código do texto: T1354752
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