O pássaro
Talvez te seja ineficaz minha existência,
Noite enluarada; sobre rios e montanhas,
Como gaivotas nos mares, apenso,
Carregastes-me com tua artimanha.
Agita-se o mar, como indolente,
E atrai sem parar tua canção.
Porém hás de acalmar um dia, por fim,
O vôo da gaivota na rebentação.
Continua só no vôo rasante sobre o mar
E pouco falta para cobri-la a eterna onda
Nessa liberdade aonde ela irá chegar
À melodiosa rebeldia que as asas sonda,
E o olhar frágil de gaivota, pouco
A pouco, se envolvera na mágica espuma,
Tal qual a flecha de um arco indígena,
Ao arrepio do vento, da chuva e da bruma.
Talvez te seja ineficaz minha existência,
Noite enluarada; sobre rios e montanhas,
Como gaivotas nos mares, apenso,
Carregastes-me com tua artimanha.
Agita-se o mar, como indolente,
E atrai sem parar tua canção.
Porém hás de acalmar um dia, por fim,
O vôo da gaivota na rebentação.
Continua só no vôo rasante sobre o mar
E pouco falta para cobri-la a eterna onda
Nessa liberdade aonde ela irá chegar
À melodiosa rebeldia que as asas sonda,
E o olhar frágil de gaivota, pouco
A pouco, se envolvera na mágica espuma,
Tal qual a flecha de um arco indígena,
Ao arrepio do vento, da chuva e da bruma.