Salvas de Prata
Hoje faço-te salvas de pratas
Nessas horas doces e breves
Que correm minhas lágrimas
Em trajetórias retilíneas e leves
Que formarão rios e cascatas...
Preciso dizer-te, minha amada,
Estou atado a teu colo de neve,
Preso em visgo vindo de teus metais
Olhos tais negras pérolas orientais
Que a tudo encanta e entorpece...
Não posso fazer tudo que me pede,
Ó olhos ébanos de desenhos florais...
Te digo que és tu que me endoidece
És manta aveludada que me arrefece
Quando vago pelos rios... Infernais!...