Salvas de Prata

Hoje faço-te salvas de pratas

Nessas horas doces e breves

Que correm minhas lágrimas

Em trajetórias retilíneas e leves

Que formarão rios e cascatas...

Preciso dizer-te, minha amada,

Estou atado a teu colo de neve,

Preso em visgo vindo de teus metais

Olhos tais negras pérolas orientais

Que a tudo encanta e entorpece...

Não posso fazer tudo que me pede,

Ó olhos ébanos de desenhos florais...

Te digo que és tu que me endoidece

És manta aveludada que me arrefece

Quando vago pelos rios... Infernais!...

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 26/12/2008
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