Quadras

“Quadras”

Canta baixinho o quarteto em si

Se talvez no quarto você escutasse

As coisas que quase não se ouve

Elevaria ao quadrado o que houve

Ou vê aquilo que toco nos seus quartos

Artelhos, dobras, profundidades e atos

Ou sente a quadratura do leito mato

Impossíveis ângulos retos de desenho lato

Muito além da distância ou do fato

Quadrado mágico do sonho exato

Estando eu bêbado e faço um quatro

Deixando a tontura ser um passo nato

Se em vez de cantar eu forte gritasse

Aos quatro cantos do mundo que revolve

E você de quatro ficasse para aquilo que não dissolve

Nós pararíamos de aguardar, esse entreato que não resolve

JB Alencastro