Poema 0650 - Louco

Na verdade, não sentia minha alma,

desnudou-me da dor, não minto,

se não tenho cura, diga-me,

não sei até onde sou amante.

Esperei a saudade depois da porta

em alguma nuvem que moramos,

junto, levei a ansiedade do amanhã,

não tenho porque chorar, não agora.

Quero ser rico, maior que todos,

deixo que o tempo teça as horas,

fora a tristeza, fora, jogarei fora.

levo na emoção o corpo que te adora.

Hoje meu mundo parece diferente,

sinto minha alma limpa,

como seria este céu sem a gente que ama,

o mundo flutuaria diferente sem amor.

Viajo em um azul que eu mesmo pintei,

durmo em uma cama que era nuvem outro dia,

amo um corpo que nem carne tinha, era sonho,

hoje, minha mulher, te amo, ainda que louco.

07/04/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 07/04/2006
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