SAIR
Compadeço-me da distância.
Em que vivo em mim mesmo,
e nada em que me apóio resplandece
a tênue necessidade de responder.
De viver como deveria.
De amar como deveria.
De fazer o que deveria fazer.
Sou retrato de parede
Enfeite na escuridão do mundo
Sou desejo de variar a necessidade
E sair como um lobo para devorar.
Ruminar o que me fora explícito,
O que me falaram ao extremo.
Sou diferente? Sou sanguinário?
Seu apenas um homem que quer sair.
Sair da mesmice dos homens.
Das fábulas intrépidas e feiticeiras.
Dos cantos e recantos e fixar-me nas lareiras do amor.