SAIR

Compadeço-me da distância.

Em que vivo em mim mesmo,

e nada em que me apóio resplandece

a tênue necessidade de responder.

De viver como deveria.

De amar como deveria.

De fazer o que deveria fazer.

Sou retrato de parede

Enfeite na escuridão do mundo

Sou desejo de variar a necessidade

E sair como um lobo para devorar.

Ruminar o que me fora explícito,

O que me falaram ao extremo.

Sou diferente? Sou sanguinário?

Seu apenas um homem que quer sair.

Sair da mesmice dos homens.

Das fábulas intrépidas e feiticeiras.

Dos cantos e recantos e fixar-me nas lareiras do amor.

Joseiton Nunes
Enviado por Joseiton Nunes em 25/12/2008
Código do texto: T1352180