Às vezes...

Às vezes eu vago a noite, como se fosse um sonâmbulo, braços estendidos à frente, mente presa, dormente, pensamento longe, e atitudes quase que de um demente.

Às vezes eu faço isto totalmente ciente, é como se fosse um teste para ver até onde vai minha loucura por você.

E ai eu fico imaginando, que se não fosse estas paredes, não estas de tijolos e argamassas, por estas a gente passa, mas estas que nós seres humanos criamos, que é revestida de pura bobagem, cuja cultura arcaica teima em lembrar alguns fatores, que a meu ver não são assim tão importantes, se levarmos em conta àquela máxima que diz: Para o amor não existem barreiras. Mas quem disse isto talvez nunca tenha de fato enfrentado o preconceito, pois mesmo que você derrube o muro, ainda assim poderá não ser aceito, pois sempre ira tropeçar nos seus tijolos.

Às vezes eu vago a noite, no pouco espaço que divido com a solidão, e onde a insônia sempre tem a tua vez, braços estendidos à frente, a procura da minha lucidez.

DIASMONTE
Enviado por DIASMONTE em 23/12/2008
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