Súplica de Amor Eterno
Partiu a alma de partida, em duas
Fez-se o silêncio nas palavras cruas
Sem mala, sem nada, rumou pelo caminho
Antes canteiro florido, agora apenas secos espinhos.
O sol brilha ainda, mas a luz não é clara
Desejo intenso de refrescar a alma
Que seja torrente a chuva que espero
Que lave as lágrimas do meu desespero
Que ecoe ao longe o som do meu grito
Que se possa propagar além do infinito
Que a dor se cure na lembrança do sorriso
Do amor que jurei ser meu paraíso
Se é o tempo que cicatriza os sentidos
Espero inerte o fechar da ferida
Espero o verão depois do longo inverno
Para ver florescer outro amor eterno