DESDE QUE TE FOSTES EMBORA… (Versão 2008)
O sol não brilha
E é no seu lugar
Que a chuva cai lá fora
Incessantemente
Desde que te fostes embora…
Impedindo-me de sair
Escravo deste refúgio
Temendo as gotas
Que me lembram as lágrimas
Que outrora deitei
Já secas
Mas que deixaram uma marca
De perene tristeza
Desde que te fostes embora…
Nessa dúvida descartiana
De saber e não saber quem errou
Porque foi a nossa própria união
Que de início tudo uniu
E no fim
Demasiado separou
Desde que te fostes embora…
No aforismo gasto
E por demais antigo
Que os livros milenares não referem
De ser tão óbvio
De querer estar antes e no futuro contigo
Mas não no presente
Pois o presente é vital
Para revitalizar a minha alma
De imortal
Que precisa de um tónico
Para continuar
Porque quero sair daqui
E para sempre
Continuar a lutar
Desde que te fostes embora…