NAS LONGAS NOITES…

Estou a atravessar um momento de invulgar criatividade, pois ao mesmo tempo me encontro a escrever 4 livros, sabendo que é muito difícil publicá-los no actual momento literário, mas escrevo pelo infinito amor que tenho à escrita, escrevo pelas imensas ideias que transbordam de mim, escrevo porque nunca hei-de parar de escrever, pois para mim a escrita é sinónimo de vida, e eu adoro escrever tal como amo viver.

Este Poema é pois dedicado a essa amor imortal, ao amor pelas coisas belas e pequenas, que só um olhar mais atento repara nelas e lhes dá esse valor.

Apesar do meu estado difuso, penso ter esse olhar, e essa característica torna-me um ser imensamente feliz

NAS LONGAS NOITES…

Como estas

Em que me sinto imortal

A barreira táctil

É apenas mais uma

E a minha tristeza sazonal

Algo que encaro com um sorriso nos lábios

Como uma coisa perfeitamente normal

Nas longas noites…

De amor

Onde bate demasiado o coração

Olho para a carestia

Do meu imenso caminho

De mais de mil anos

E sinto-me feliz

Pois sei que um dia vais estar para sempre comigo

Nas longas noites…

Onde as ideias

Ultrapassam

A capacidade física de as transcrever

Sinto-me abençoado

Por tal poder gerar

Tal poder conceber

Nas longas noites…

Onde o café

Faz companhia a um cigarro providencial

Enquanto espero que as imagens dentro de mim assentem

E lhes possa dar a cama da escrita

Pois a escrita para mim

É mais do que uma forma de vida

É o meu

Mais sagrado

E intocável

Se bem que criticável

Ideal…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/12/2008
Código do texto: T1347116
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