NAS LONGAS NOITES…
Estou a atravessar um momento de invulgar criatividade, pois ao mesmo tempo me encontro a escrever 4 livros, sabendo que é muito difícil publicá-los no actual momento literário, mas escrevo pelo infinito amor que tenho à escrita, escrevo pelas imensas ideias que transbordam de mim, escrevo porque nunca hei-de parar de escrever, pois para mim a escrita é sinónimo de vida, e eu adoro escrever tal como amo viver.
Este Poema é pois dedicado a essa amor imortal, ao amor pelas coisas belas e pequenas, que só um olhar mais atento repara nelas e lhes dá esse valor.
Apesar do meu estado difuso, penso ter esse olhar, e essa característica torna-me um ser imensamente feliz
NAS LONGAS NOITES…
Como estas
Em que me sinto imortal
A barreira táctil
É apenas mais uma
E a minha tristeza sazonal
Algo que encaro com um sorriso nos lábios
Como uma coisa perfeitamente normal
Nas longas noites…
De amor
Onde bate demasiado o coração
Olho para a carestia
Do meu imenso caminho
De mais de mil anos
E sinto-me feliz
Pois sei que um dia vais estar para sempre comigo
Nas longas noites…
Onde as ideias
Ultrapassam
A capacidade física de as transcrever
Sinto-me abençoado
Por tal poder gerar
Tal poder conceber
Nas longas noites…
Onde o café
Faz companhia a um cigarro providencial
Enquanto espero que as imagens dentro de mim assentem
E lhes possa dar a cama da escrita
Pois a escrita para mim
É mais do que uma forma de vida
É o meu
Mais sagrado
E intocável
Se bem que criticável
Ideal…