O meu todo em fragmentos
"...Só isso, meu amor, disse-lhe por não se contentar com o pouco que veio da sua amada... É que onde há amor, pede-se mais, maior e sempre! E quem ama, não nega, entrega-se , de corpo e alma, sem reservas...
Sabes que a nenhuma flor confesso... Saber-se-ia no brilho dos olhos... E estes, tão longe...
E que haja alguma reserva, amor... precisamo-la nos instantes de resfriamento do coração...
Há que haver, também, no amor, limites, reservas, segredos, demoras, surpresas e esperas...
a flor precisa de um certo tempo para aparecer glamorosa e soberba em sua magnitude...e o amor; e a mulher também...
o amor é infinito, se vivido com sabedoria, jeito e alimentado nos gestos de quem ama e de quem é amado...
Não entregar e nem pedir tudo de uma vez por toda...querer aos pouco e ter em goles, como se a degustar um bom e saboroso vinho...Deixar que aconteça no toque da pele, na mordida dos lábios, na fisgada, no encanto das flores e no bilhete de amor..."
(josé valdir pereira)