ODE AO NOBRE CORAÇÃO
Que me responda o fascínio: quem é essa que desfila dentre os meus aplausos?
Cujos encalços são nobreza sobremodo esparramadas?
Lá nas paragens celestiais se acham aprumadas suas passadas meigas a pés descalços;
Porque nenhum de seus encantos são falsos, como rajadas de luaradas!
Um espetáculo-mulher, um exagero redobrado de ternura;
Algo difícil é comparar o que lhe esteja à altura, sua doçura é perene;
Anjo que ama e não teme, fonte transbordante de candura;
Que às minhas faltas não censura e até meus impossíveis entende!
Quando eu fechar o meu olhar, quero dizer que por aqui tudo terá valido;
Porque viver só faz sentido quando se acha o singular que vai além da emoção;
E a sorte quis me dar sua atenção, pois pelo privilégio mais supremo eu fui escolhido;
Para ver o meu jardim florido por esse nobre e lindo coração!
"Nem precisei chegar aos céus pra contemplar uma feição angelical. Te sou eternamente grato!