ODE AO NOBRE CORAÇÃO

Que me responda o fascínio: quem é essa que desfila dentre os meus aplausos?

Cujos encalços são nobreza sobremodo esparramadas?

Lá nas paragens celestiais se acham aprumadas suas passadas meigas a pés descalços;

Porque nenhum de seus encantos são falsos, como rajadas de luaradas!

Um espetáculo-mulher, um exagero redobrado de ternura;

Algo difícil é comparar o que lhe esteja à altura, sua doçura é perene;

Anjo que ama e não teme, fonte transbordante de candura;

Que às minhas faltas não censura e até meus impossíveis entende!

Quando eu fechar o meu olhar, quero dizer que por aqui tudo terá valido;

Porque viver só faz sentido quando se acha o singular que vai além da emoção;

E a sorte quis me dar sua atenção, pois pelo privilégio mais supremo eu fui escolhido;

Para ver o meu jardim florido por esse nobre e lindo coração!

"Nem precisei chegar aos céus pra contemplar uma feição angelical. Te sou eternamente grato!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 20/12/2008
Código do texto: T1345671
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