TARDE DEMAIS PRA NÃO ME AMAR

Diz a teu impreterível amor a quantas anda tua covardia;

E quem sabe ele te perdoaria pela insistência de tua reverência à inércia;

Contraditando esse olhar cheio de pressa, que me procura noite e dia;

Ameaçando tua teimosia, a fim de que a mesma já não mais te impeça!

O teu amor te chama aos ringues do destino, mas te propõe a rendição;

Pois já te abandonou o coração, para morar pelas volúpias inconfessas;

Não te atenderá por mais que o peças, posto que se deu a essa paixão;

Largou teu norte e aderiu à desorientação, e só nos braços meus permitirá que o meças!

Sejamos razoáveis perante os flashs disparados;

Porque já foram registrados todos os fatos que te assustam;

Nossas reciprocidades nos degustam, nossos encaixes estão atados;

Pra quê ficar aqui parados, se os nossos passos, nesse amor, já se debruçam?

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/12/2008
Reeditado em 19/12/2008
Código do texto: T1344609
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