TARDE DEMAIS PRA NÃO ME AMAR
Diz a teu impreterível amor a quantas anda tua covardia;
E quem sabe ele te perdoaria pela insistência de tua reverência à inércia;
Contraditando esse olhar cheio de pressa, que me procura noite e dia;
Ameaçando tua teimosia, a fim de que a mesma já não mais te impeça!
O teu amor te chama aos ringues do destino, mas te propõe a rendição;
Pois já te abandonou o coração, para morar pelas volúpias inconfessas;
Não te atenderá por mais que o peças, posto que se deu a essa paixão;
Largou teu norte e aderiu à desorientação, e só nos braços meus permitirá que o meças!
Sejamos razoáveis perante os flashs disparados;
Porque já foram registrados todos os fatos que te assustam;
Nossas reciprocidades nos degustam, nossos encaixes estão atados;
Pra quê ficar aqui parados, se os nossos passos, nesse amor, já se debruçam?