Vício do amor
Sou a fêmea que atravessa seu caminho,
visto-me das fantasias que quer,
supro seus desejos realizando os sonhos que tem,
fazendo-me menina, torno-me assim voraz mulher.
Levanto seu ego, o faço meu rei,
levo-lhe a orgasmos encontrando o prazer
ao sugar-lhe o corpo que conheço e sei
ser feito de tesão no fogo que quero aquecer.
Somos produtos do hoje que ama com ou sem razão,
o tenho como me tem, faço o jogo que o seduz,
pelas estradas do amor onde o rendo em paixão,
dou meu corpo nas artimanhas onde minha alma o conduz.
Chego trazendo-lhe a noite onde estrelas são os beijos que dou,
ilumino seu corpo com o fogo que tenho no meu,
rasgo-lhe o pudor, dispo-lhe dos não (s) no nu que sou
e o amo sem reservas até que a madrugada o torne meu.
Acordo seus sonhos guardados no tempo,
reviro sua vida, antes calma e tranqüila,
lhe dou o gozo alimentando o amor que ressurge,
desfazendo pedaços do passado em sombras esquecidas.
Na fúria do prazer, o desejo ligando meu corpo ao seu,
voamos além do amor,
sou seu vício, assim como tornou-se o meu,
pelos espaços da vida nutrimos o fogo com nosso calor.
19/03/2006