CREPÚSCULO (IIª Versão)
Ao anoitecer prometeste palavras de amor
Quem nem Tu mesma
Parecias compreender
Abriste-me as portas do teu reino
Que era um vulgar quarto alugado
Mas que nos teus sonhos
Seria o dossel sagrado
No qual me querias a teu lado
Por um minuto
Por umas horas
Mas nunca para dentro do dia
Eu
Ficaria
Até que o corpo se fartasse
E a alma
Se esgotasse
Numa dança hormonal
Que teria
Algo de especial
Por ter partilhado aquela espécie de abrigo
Onde longe do mundo
Estaria contigo
Sorvendo a carne
Partilhando esta e o espírito
Ouvindo as mágoas
Que te levam cada noite a sair
Sem sabendo bem
Para onde te dirigires
Inevitavelmente aos braços
Do desejado
Príncipe Encantado
Que na aurora
Nada de mágico
Se teria revelado
E assim persegues
Em busca de um sonho
De um ideal
Fazendo do Amor
Algo de banal
Trivial
E assim
Desejo
Que isso possas encontrar
Sabendo que não poderia ser eu
A ocupar
Tão ansiado e especial lugar…
No Teu
No Nosso
Crepúsculo