Caos

É o caos de Eros no peito dorido

Do homem que se apaixona

É o fogo eterno que queima os sentidos

Na boca do homem que ama

É a viga sincera que espera e carrega

Os ombros do homem que quer

É a asa singela que plana aberta

E leva o esplendor à mulher

É a força imóvel e estática que traga

A alma dos desavisados

É a moça que toca o rosto e afaga

O corpo e torce os lábios

É a cena que corre espontânea e lenta

É o roteiro de um filme sem fala

É a folha que cai sobre o chão e estala

É o morro e o topo onde venta

É a dúvida cega e a chaga dolente

São os pedaços de carne cortada

É o soneto tristonho é a paz na estrada

É a dor que castiga a gente

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 17/12/2008
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