DOU-ME AO TEU DAR-ME

És prosa poética nos meus olhos

falante

Superas o meu ideal de mulher diante

das rosas silenciadas pelo quanto és bela

e canto

O tanto que me sabes bem

Esperei quase trinta e sete anos

pela tal que não existia

tu és

Logo existo e não insisto seres minha

Esqueço o Inverno no florir do teu sorriso

Caindo no sério merecer-me ser teu

rodopio

A céu aberto nas asas que me dás

para pousar em ti

És a coreografia do meu destino

um breve estar para sempre a cada instante

Que conquistamos nas lutas do recíproco

que ambos declamamos

Dou-me ao teu dar-me

Segurando a tua mão no meu peito

para que ouses ouvir o teu nome

na minha pulsação

Sente as cores que nos rodeiam

e em nós semeiam a vida