O ENTARDECER E O AMOR PERDIDO

Foges...

Da luz os raios derradeiros

São uma poça de sangue no horizonte.

Teu rosto está ferido...

Igual o pranto que desprende ao monte

O dia em despedida...

Morre o entardecer, a noite chega

E encobre o descampado a veste negra

Que o amor veio aquecer...

E todos os casais, quais passarinhos

Procuram nestas horas os seus ninhos

E o amor volta a nascer...

E tu foges...

Ainda estas sozinha nesta hora

Nas praças, nos jardins... Tal qual a aurora

Teu pranto vai ao chão...

Tu choras um amor que nunca volta,

Pois este, quando passa pela porta,

Não volta ao coração.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 17/12/2008
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