Letras 0516 - Solitário

Ninguém bate na porta, não tenho casa,

não chamam meu nome, não me conhecem,

não tenho sombra como arvore de rua,

sou manhã sem amanhecer, sem luz,

entrada para o nunca de uma vida vazia.

Se pareço triste com a minha história,

não deve ter visto meus olhos,

pouco importa as horas, as mãos,

não quero amor, não saberei amar,

houve uma paixão, um dia foi pela estrada.

Quem pede amor, perde amor,

preciso apenas de ar, um pouco de céu,

e meu teto, onde desenho minhas imagens,

rabisco um tanto de felicidade pra depois,

nada na mente, a não ser velhas lembranças.

Qualquer dia posso ser primavera, não flor,

o sentimento, as cores, o perfume, o beijo,

que volte o cheiro daquela pele suave,

o abraço pedinte de paixão, como antes,

como um dia, que nunca mais quer voltar.

16/12/2008

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 16/12/2008
Código do texto: T1338708
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.