A PRINCESA DOS LIMBOS

Eu nunca te quis ver a chorar

Ver-te infeliz

Mas cada vez que adormeço

Atormenta-me a alma

Ver-te assim

Minha

Princesa dos Limbos

Por estranhas estradas celestiais andas

Ínvios caminhos

Que teimas em percorrer

Nessa tua prisão

Á qual tenho demasiadas vezes de recorrer

Para falar

Ou simplesmente estar contigo

E eu insisto que é uma prisão

Celestial, sem dúvida

Mas, meu Amor

Não é um refúgio

Não é um Abrigo

E sei bem

Porque foste para lá

Pelas mesmas razões

Que me fazem lutar aqui

Estar por cá

A fuga nunca foi uma solução

A ausência unguento

Falacioso

Que só aumenta a solidão

A realidade é que te remeteste

A talvez à pior forma de exílio

Que te faz distante

E me aumenta diametralmente

A dor no coração

Mas será porventura

Demasiado tarde para te resgatar

Só me restando uma saída

Uma maneira

De poder

Contigo estar

E essa é deixar-me adormecer

Deixar-me sonhar

E fingir que tudo está demasiado bem

Quando na realidade

Ao estar perto de Ti

Do resto do mundo estou aquém…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/12/2008
Código do texto: T1338002
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.