A PRINCESA DOS LIMBOS
Eu nunca te quis ver a chorar
Ver-te infeliz
Mas cada vez que adormeço
Atormenta-me a alma
Ver-te assim
Minha
Princesa dos Limbos
Por estranhas estradas celestiais andas
Ínvios caminhos
Que teimas em percorrer
Nessa tua prisão
Á qual tenho demasiadas vezes de recorrer
Para falar
Ou simplesmente estar contigo
E eu insisto que é uma prisão
Celestial, sem dúvida
Mas, meu Amor
Não é um refúgio
Não é um Abrigo
E sei bem
Porque foste para lá
Pelas mesmas razões
Que me fazem lutar aqui
Estar por cá
A fuga nunca foi uma solução
A ausência unguento
Falacioso
Que só aumenta a solidão
A realidade é que te remeteste
A talvez à pior forma de exílio
Que te faz distante
E me aumenta diametralmente
A dor no coração
Mas será porventura
Demasiado tarde para te resgatar
Só me restando uma saída
Uma maneira
De poder
Contigo estar
E essa é deixar-me adormecer
Deixar-me sonhar
E fingir que tudo está demasiado bem
Quando na realidade
Ao estar perto de Ti
Do resto do mundo estou aquém…