Colibri

Sou pétala a desabrochar no silêncio oportuno da madrugada, seivas suculentas vertem dos poros, amarfanhado das paixões, cegueira das visões, embriagada pela beleza ímpar.

Em cada segundo transpassar, a essência viva do amor que emana dos olhos teus, meu amor...

Quimeras ao longe, dobram as esquinas, param em ruas sem saídas, vagam no mesmo espaço de tempo, que o pulsar do meu coração, encontra o teu, unem-se no mesmo ritmo acelerado, descompassado na melodia que retinem os sinos.

Beija-me lentamente os lábios, meu colibri...

Trás junto consigo o néctar que me faz viver, permita-me sonhar, em noites de luar, envolvida nos braços teus, sem despedidas e horas vazias, apenas a sintonia, de nossos corpos frente a frente.

Abraça-me no aconchego do teu calor, sol da minha existência...

Afaga-me suavemente e inquieta a alma, trás o sossego para meus anseios.

Escrito em

04.04.2006

Águida Hettwer